Dicas técnicas: Não esqueça o sistema de aterramento

Sistemas de aterramento de teste
Sistemas de aterramento de teste

O aterramento ruim não só aumenta o risco de falhas do equipamento; ele é perigoso. As instalações devem ter sistemas elétricos corretamente aterrados para que no caso de um relâmpago ou sobretensão na rede elétrica, a corrente encontre um percurso seguro à terra.

Os sistemas de aterramentos simples consistem de um único eletrodo de aterramento cravado no solo. O uso de um único eletrodo de aterramento é a forma mais comum de aterramento, e pode ser encontrada na parte externa que circunda qualquer residência ou edificação comercial.

Os sistemas de aterramento complexos consistem de várias hastes de aterramento; redes de grades ou malhas conectadas; placas e loops de aterramento. Esses sistemas normalmente são instalados em subestações de geração de energia, centrais de comutação e áreas de torres de telefonia celular.

Por que testar?

Ao longo do tempo, solos corrosivos com alto teor de umidade, alto teor de sal e altas temperaturas deterioram as hastes de aterramento e as conexões. Assim, embora o sistema de aterramento instalado inicialmente possa ter apresentado valores baixos de resistência à terra, a resistência pode aumentar se as hastes de aterramento se deteriorarem.

Por isso, é enfaticamente recomendado que todos os aterramentos e ligações à terra sejam inspecionados pelo menos uma vez por ano, como parte rotineira do plano de manutenção prognóstica (preditiva). Se o técnico encontrar um aumento na resistência de mais de 20%, investigue a origem do problema e faça a correção do sistema de aterramento para abaixar a resistência.

Qual é um bom valor de resistência de aterramento?

Há confusão sobre o que constitui um bom aterramento e qual o valor de resistência que ele deve apresentar. Idealmente, o aterramento deve apresentar zero ohm de resistência.

Não há um padrão de limite de resistência de aterramento reconhecido por todos os órgãos. Contudo, a NFPA e a IEEE recomendam o valor máximo de resistência de aterramento de 5,0 ohms.

A NEC recomenda o seguinte: "Assegure que a impedância do sistema à terra seja menos do que os 25 ohms especificados na norma NEC 250.56. Em instalações com equipamentos sensíveis, esse valor deve ser no máximo 5,0 ohms."

O setor de telecomunicações frequentemente usa o valor máximo de 5,0 ohms como valor de aterramento e ligação.

O objetivo, no que se refere à resistência de aterramento, é conseguir obter o valor mais baixo, considerando-se os fatores econômicos e físicos.

Quais são os métodos de teste?

Diversos métodos de testes de aterramento estão disponíveis.

O teste de resistividade do solo, que usa estacas, é muito importante na hora de projetar o sistema de aterramento de novas instalações para atender aos requisitos referentes à resistência de aterramento.

O método de teste de queda de potencial é usado para medir a capacidade de um sistema de aterramento ou de um eletrodo individual de dissipar a energia de um local. No caso do teste de queda de potencial de 3 polos, duas estacas de aterramento são colocadas no solo, em linha reta e afastadas do eletrodo de aterramento.

O teste seletivo é muito semelhante ao método de queda de potencial, e fornece as mesmas medições, mas de maneira mais segura e mais fácil. Com o teste seletivo, o eletrodo de aterramento em questão não precisa ser desconectado da instalação.

É possível fazer medição sem estacas medindo as resistência de loop de aterramento em sistema multi-aterrado usando apenas alicates amperímetros. Essa técnica de teste elimina a atividade perigosa e demorada de desconectar os terras paralelos, e também ter de encontrar locais adequados para as estacas de aterramento auxiliar. Você também pode executar testes de aterramento em locais que pode não ter considerado anteriormente: dentro de edifícios, em torres de transmissão ou em qualquer lugar que não tenha acesso ao solo.

Em situações nas quais implementar estacas de aterramento não é prática ou possível, você pode fazer medições de resistência/continuidade do aterramento de dois polos. Para fazer esse teste, o técnico precisa ter acesso a um terra que é sabidamente bom, como, por exemplo, um cano d'água totalmente metálico.

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